Luiz Cane

4 de mai. de 2011



Depois de duas derrotas seguidas, nada como uma vitória por nocaute para retomar a confiança. No UFC 128, Luiz Cané, o Banha, se redimiu dos recentes insucessos e derrotou Eliot Marshall com 2min e 15s de combate, mesmo após quase um ano sem lutar. Apesar da pressão por um bom resultado, o atleta brasileiro afirmou que nunca esteve tão tranquilo quanto dessa vez. “Essa foi a luta que, por incrível que pareça, lutei mais calmo. Nunca entrei tão tranquilo. Estava tão confiante, tão preparado no meu jogo, no meu campo de treinamento, que entrei muito bem focado”, disse o lutador. Em entrevista exclusiva à TATAME, o paulista falou sobre sua situação no evento, analisou a categoria e a vitória de Jon Jones sobre Maurício Shogun, os treinos na The Armory e muito mais.

O que você achou da sua vitória no UFC 128? Esperava nocautear tão rapidamente?

Eu estava preparado e meu objetivo era esse, sempre vou para tentar finalizar ou nocautear. Eu esperava um nocaute e treinei para isso. Deu tudo certo como eu esperava.

Você acha que o árbitro demorou a interromper a luta, deixando você bater demais no Marshall?


Eu acho que demorou um pouco, mas não dá para culpar o árbitro. Na minha opinião poderia parar um pouco antes, mas não posso julgá-lo.

A mudança de adversário em cima da hora atrapalhou a sua preparação de alguma maneira?

Não atrapalhou em nada. Estava treinado forte para a luta com o (Karlos) Vemola e soube da mudança com três semanas de antecedência. Houve tempo para readaptar o meu jogo.

Você se sentia pressionado por vir de duas derrotas e precisar da vitória?

Sempre tem a pressão, ainda mais depois de duas derrotas, mas procurei nem pensar nisso, ficar focado no trabalho e me preparar da melhor forma possível para que quando subisse no octógono não ficasse preocupado. Essa foi a luta que, por incrível que pareça, lutei mais calmo. Nunca entrei tão tranquilo. Estava tão confiante, tão preparado no meu jogo, no meu campo de treinamento que entrei muito bem focado.

Você acredita que, mesmo depois dessa grande vitória, você ainda está em situação delicada no evento?


Não.

Como você vê a sua categoria no momento?

Bom, a categoria está como já há algum tempo: bem embolada e muito forte.

O Shogun colocou o cinturão em jogo no UFC 128 e acabou perdendo para o Jon Jones. Você esperava um domínio tão impressionante?

Não. Eu sabia que o Jones tinha armas para vencer, mas, sinceramente, esperava a vitória do Shogun.

Muitos acham que o Jones seguirá campeão por um longo tempo. Você concorda?


Acho que está muito cedo para falar. O Jones é novo, vem evoluindo, mas tem bastante o que provar ainda. Sem dúvidas é um grande atleta, mas é cedo. Não existe essa de imbatível, ele é um ser humano e pode perder.

Qual o melhor caminho que você apontaria para vencê-lo?

Ele é um cara novo, está evoluindo em todos os aspectos do jogo, tem um Wrestilng muito forte... Acho que em pé ele tem alguns buracos no jogo e está trabalhando isso. Luta é luta e tudo pode acontecer.

O Rashad Evans tem chances de vencê-lo?

Acho que sim, o Rashad é um excelente atleta, muito bom de Wrestling e tem chances.

Desde que deixou a ATT, onde você tem treinado?


Estou treinando na The Armory, com o Edson Junior, que está com um time legal. Na parte de trocação, nosso treinador é o Muhammad Ouali, e tem a galera do Jiu-Jítsu, o (Marcos) Buchecha, Guedes, Rafael Chaves, (Rodrigo) Cavaca, um time legal. Tem também o Marlon Moraes, que lutou no fim de semana, em Nova Orleans, e finalizou no primeiro round.

Como os treinos com essa galera influenciou no resultado da luta?

O treinamento é excelente, a galera é amiga, todo mundo se ajuda. Os parceiros e os treinadores foram fundamentais.

Fonte:Tatame.com.br

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